quinta-feira, 16 de novembro de 2006

10 Setembro 1953, “A Intervenção das Nações Ocidentais no litígio de Trieste a favor da Itália"

Roma, 9 – O Presidente do conselho, Giuseppe Pella, começou uma campanha para persuadir os Estados Unidos, a Grã – Bretanha e a França a lançarem o seu peso a favor da Itália, no seu litígio a Iugoslávia, por causa de Trieste. Chamou, cada em um por sua vez, a embaixatriz dos Estados Unidos, senhora Clare Luce; o embaixador francês, Fouques Duparc; e o encarregado de Negócios britânico, Archibald Ross. A todos comunicou a reacção da Itália ao discurso pronunciado no domingo pelo Presidente Tito, próximo da fronteira Ítalo – Iugoslava, crendo- se que lhes pediu que dissessem aos seus governos que deviam intervir a favor da Itália, para se conseguir uma solução razoável do litígio, Julga – se haver salientada que a querela de Trieste é o obstáculo maior aos esforços Ocidentais para criar uma linha continua de defesa, desde o Artico, através do Mediterrâneo, até ao Mar Negro.

Em Roma, é ponto de fé que Pella declara aos diplomatas que o marechal destruira todas as esperanças de acordo directo entre a Itália e ai Iugoslávia, no caso de Trieste.

A Itália propôs, anteriormente, a divisão do território de Trieste com Iugoslávia, em base étnica, ficando o porto e a cidade, e grande parte do litoral, na posse da Itália e o “hinterland”, habiatado predominantemente pelos eslovenos, integrado na Iusgoslávia. Consta que a Itália está ainda a negociar nessa base, mas decidida a não permitir que mais Italianos calam sob domínio Iugoslavo.

Informadores governamentais declaram que a Itália não pode considerar a última oferta do marechal para a cidade e o Porto de Trieste serem internacionalizados e entregue à Iugoslávia o resto da faixa costeira do Adriático.

O Século

Recolha: Mariana Alves
Colocado por: André Pereira

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