terça-feira, 19 de junho de 2012

A evolução dos jogos e brincadeiras ao longo da história

Em 1888, o inglês William Flinders Petrie começou a escavar as ruínas de Kahun, ao sul do Cairo, o primeiro sítio arqueológico a mostrar a rotina dos antigos egípcios. Entre as descobertas estava um bastão de 28 centímetros decorado com talhos vermelhos e pontinhos pretos. O objeto em forma de curva, um ancestral do nosso bumerangue, datava de cerca de 1 800 anos antes da era cristã. Era, provavelmente, um brinquedo de criança.

Outros achados mostram que a humanidade brincava muito antes de aprender a escrever, e que jogos como cinco-marias já eram conhecidos na Pré-História. "Desde que existem crianças, existem brinquedos", diz Cristina Von, autora de A História dos Brinquedos (Ed. Alegro). "Brincar é parte essencial da formação do ser humano." Na atividade lúdica, a criança descobre o corpo, aprende a se socializar, a resolver problemas, a imaginar. As brincadeiras de antigamente não são muito diferentes das atuais. "Fiquei surpresa ao perceber que as coisas mudaram tão pouco", afirma a escritora e pesquisadora Deborah Jaffé, integrante do comitê do museu da infância Victoria & Albert, de Londres. Se o conceito é o mesmo, a tecnologia de fabricação e os materiais evoluíram e se diversificaram, acompanhando as inovações de cada período. A produção em massa veio depois da Revolução Industrial. E os brinquedos ficaram mais baratos.

Eles traduzem a capacidade do homem de criar e reciclar. Não faltam exemplos de objetos que trocaram de função. Como o bumerangue, que nasceu como arma e virou brinquedo. Melhor se divertir do que guerrear.

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